Histórias de viagens, contos e poemas transformados em livros
Escritores são jovens, professores, guia de turismo, donas de casa. Independentes ou não, eles têm edições até em francês
O documentarista e guia de turismo Marcos Lamoreux lançou o livro “Minha Casa é Minha Mochila” após amigos brincarem que ele escreveria um livro sobre suas histórias de viagens. “Gostei tanto da ideia que simplesmente escrevi o livro, aproveitando um projeto que fiz pra faculdade, um roteiro de 500 páginas onde aproveitei textos de blogs de viagem que já tinha”, diz o meritiense de 28 anos.
Lançado em abril, o livro é independente, não tem editora. “Foi melhor assim. Pude ter contato direto com o público, uma experiência incrível”, lembra. O livro está passando por revisão para ser publicado em Angola, na África, e recebeu propostas de tradução para o alemão e o francês.
O ator explica que tem alguns outros livros para publicar, “mas tudo é bem difícil quando você é seu próprio patrocinador. Hoje, desconheço editoras que recebam originais de escritores desconhecidos com reais interesses em publicá-los sem que o autor pague a publicação.”.
A iguaçuana Geise Gomes, de 29 anos, lançou recentemente o livro infantil “Cadê Martin?”, pela Chiado Editora. O livro foi inspirado em um amigo argentino e em sua viagem de bicicleta pelo Brasil.
Conto na coletânea ‘Flupp Pensa’
Joana Ribeiro tem representado belamente a Baixada. A jovem escritora iguaçuana de 23 anos, teve o conto ‘Estragos da Síndrome’ publicado em 2012 pela coletânea ‘Flupp Pensa’. E em março de 2014 o mesmo conto foi lançado na França, no Livro “Je suis toujours favela”. E, em novembro, Joana participará do livro ‘ Meu Rio’, com outros 20 escritores novos. O livro será comercializado em todo o Brasil.
O animador cultural, Heraldo HB, também faz parte dessa galera. Ele lançou “O Cerol Fininho da Baixada – Histórias do cineclube Mate Com Angu”, pela Aeroplano Editora. O livro faz parte da Coleção Tramas Urbanas.Uma artista completa, Wilma Machado, de 60 anos, custeou a publicação do seu livro de poesias ‘Mãos Amigas’. “Presenteio os amigos com o livro”, conta ela.
Projeto reúne autores e livros da baixada fluminense
Buscando valorizar e reconhecer a produção literária da Baixada Fluminense, a produtora da empresa EncontrArte _ que realiza o festival de teatro de mesmo nome_e atriz, Claudina Oliveira, criou em 2007 o projeto ‘Autores e Livros da Baixada Fluminense’, em que ela reúne, sem nenhum apoio, os livros dos autores e os leva para eventos culturais e feiras.“Hoje, a catalogação que faço já conta com mais de 300 títulos. Só de poesias são mais de 80. E a maior parte da produção é feita por homens”, conta. Segundo Claudina, predominam os livros de poesias e conteúdos paradidáticos, resultado dos trabalhos de TCCs e dissertações, principalmente, dos cursos de história da Baixada.
Ela quer se inscrever para o edital de Livro e Leitura lançado pelo Ministério da Cultura. “Quero potencializar esse projeto”.
Reportagem da estagiária Marcelle Abreu
Queria saber, como se faz parte deste projeto. Tenho dois livros escritos, mas não publicados e queria me envolver mais neste meio para aperfeiçoar-me e conhecer colegas escritores.
ResponderExcluirFiz o comentário acima, meu email é jbbbragaster@gmail.com.
ResponderExcluirGrato,
Jansen.